O eu e a consciência
Tornou-se comum até então na filosofia a idéia que o Ego seria a instancia que deveria garantir a unidade de todas as representações. Porem, diversos ramos divergem sobre esse conceito, cabe aqui apresentar, a partir, da Transcendência do Ego de Jean-Paul Sartre como que se dá o ego na consciência.
Mas, será que um Eu habita de facto a consciência?
Será que é este Eu que promove a síntese de todas suas experiências?
Partindo de Kant, por exemplo, ele nada afirma sobre a existência de um Eu de facto na consciência, segundo ele, o “Eu penso deve poder acompanhar todas as nossas representações”, e que a consciência transcendental é somente um conjunto de condições necessárias para a existência de uma consciência empírica.
Mas, então, será que esse Eu que nos encontramos na nossa consciência é tornado possível pela unidade sintética das nossas representações ou é antes ele que unifica de facto as representações entre si?
Cabe desligar-se de todas as interpretações forçadas sobre o pensamento kantiano como a instauração da dúvida, por exemplo, de que seria tal consciência transcendente, indicando aí haver uma consideração de que o Eu seria mais do que o conjunto de condições de possibilidades, ou seja, tentam realizar aquilo que a critica instituiu somente como possibilidade.
Porem, para resolver o problema da existência do Eu na consciência encontramos no caminho a fenomenologia de Husserl, cujo método essencial é a intuição. Ou seja, uma apreensão imediata do objeto apresentado - é uma intuição das essências.
Sartre utiliza da fenomenologia, pois ela preocupa-se em descrever cientificamente, compreender e interpretar tais fenômenos que se apresentam a nossa consciência em detrimento a Kant e suas formas de condições de possibilidades. Portanto, ocupa-se unicamente dos fatos e suas descrições a consciência e não em “inventar” possibilidades lógicas.
Husserl, entretanto, apreende a consciência transcendental de Kant não como uma