As Pulsões E As Suas Vicissitudes

Pulsões: um recorte “A teoria das pulsões é, por assim dizer, a nossa mitologia. As pulsões são seres míticos, grandiosos na sua indeterminação.” Freud (Novas conferências introdutórias da Psicanálise [1932]) Introdução Apesar de Freud ter abordado o conceito de pulsão em uma série de trabalhos anteriores, é somente em 1915, em um de seus escritos metapsicológicos, que se propõe a oferecer um maior esclarecimento sobre este conceito. Para introduzir seu artigo Pulsões e seus destinos (1915),

As pulsões Introdução Pulsão é um conceito que determina ou delimita toda a teoria da qual eles partem. A pulsão tem a ver com o brotar no corpo da sexualidade. No sentido que eu vejo a pulsão, assim como na sócio antropologia do sobre eu, a pulsão ela parte não do corpo biológico, diremos, fisiológico, anatômico, ou do corpo psicanalítico, mas parte de uma construção social localizada na cultura. Se para Freud a pulsão parte, bruta do corpo, outro estudiosos seguem a teoria que a pulsão chega

Teoria dos instintos e Teoria Psicanalítica das pulsões TEORIA DOS INSTINTOS Teoria pela qual a psicologia no início do século XX pretendia explicar as mais diversas condutas humanas, sendo considerada a primeira teoria motivacional. Instintos seriam padrões de comportamento, específicos e inatos, característicos de toda espécie humana. Primeiro com William Mc Dougall e depois no funcionalismo norte-americano, com William James, postulava-se uma série de instintos como base motivacional

reina na fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir suas metas (LAPLANCHE E PONTALIS, 1995, P.394). Em O Inconsciente (Das Unbewusste) Freud (1915) fala que o oposto entre consciente e inconsciente não se ajusta às pulsões; se a pulsão não se prendeu a uma ideia ou não se manifestou como um estado afetivo, nada saberemos sobre ela. A pulsão nunca se dá por si mesma, nem a nível consciente, nem a nível inconsciente; ela só é conhecida pelos seus…

excluído da consciência, censurado e reprimido, que não é esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado. “A maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes de energia psíquica, e pulsões ou instintos”. (FADIMAN; FRAGER, 2002, p.7). Pré-consciente: é uma parte do inconsciente; constituído por representações que podem se tornar conscientes (com facilidade). Consciente: representa somente uma pequena parte da mente,…

uma tendência básica para o exercício da crueldade, sendo pertinente então afirmar que estes agressores são motivados por afectos agressivos. Kernberg (2006) refere que os afectos se constituem como os alicerces das pulsões e que servem, também, como sinalizadores da activação das pulsões no contexto de determinadas relações de objecto e que a capacidade para sentir ódio é inata e este desenvolve-se e é activado por meio da relação com o outro. A passagem ao acto perverso, neste…

2º Bimestre – Psicanálise Os instintos e suas vicissitudes – os destinos da pulsão (1915) Mas de imediato ficamos prevenidos contra igualar pulsão e instintos. INSTINTO X PULSÃO. -Pulsão (Trieb): designado como limite entre o somático e o psíquico, um conceito limite ou conceito fronteiriço. Surge dentro do sujeito. Impacto constante. Características da pulsão (p. 127 – 128): pressão, objeto, fonte, finalidade. - Instinto (Instinkt): está voltado para o campo biológico. Ação fora do sujeito

na resistência para entender porque a transferência é tanto a fonte da resistência como do método de cura do paciente. O Recalque Freud (1915) em seu artigo sobre o recalcamento se questiona por que deve um impulso pulsional sofrer tal vicissitude (ser recalcada, tendo seu acesso negado), já que a satisfação de um impulso sempre provoca prazer. Seria necessário supor a existência de certas circunstâncias peculiares, algum processo através do qual o prazer da satisfação se…

não tem acesso a esta lei de modo a se posicionar como ser desejante. Édipo vive a pulsão sem retoques, sem recortes; não articula regras para conjugar. Ele segue o fluir das pulsões e suas vicissitudes. Não se encontra diante de uma situação em que possa acontecer a decisão e a escolha, pois escorrega no deslize das pulsões. Não encontro na tragédia de Édipo nenhum momento em que Édipo faça qualquer escolha. Édipo vive sem discriminar, sem demarcar um tempo, o antes e o depois; vive…

*Para criança parar de imaginar que é auto suficiente precisa perceber que existe o outro. EGO IDEAL: representado por um ser vivo, objeto com o qual a criança procura assemelhar-se. Procurado na realidade apreensível Sustenta a organização das pulsões Representa para o sujeito um estado de perfeição “imagem narcisante” – pré-linguagem Ligado à pulsão de vida Gera o confronto do imaginário com a realidade IDEAL DE EGO: ideal de ego e superego são vistos como sinônimos, constitui um…