psicanalise

Instintos é a força propulsora ou motivadora da personalidade, o incentivo biológico impulsor da energia mental. Mesmo o idioma inglês tendo aceitado o uso da palavra “instinto”, esse termo não concorda com a real intenção de Freud. Ele não usava muito a palavra correspondente em alemão, Instinkt, ao se referir à personalidade humana, mas quando se referia ao impulso inato do animal. O termo usado por Freud para a força motivadora humana era Trieb, onde sua melhor tradução seria impulso ou força propulsora (BETTELHEIM, 1982). Os instintos segundo Freud não se baseiam em predisposições herdadas, significado frequentemente aceito para instinto, mas se atribui a fontes internas de estimulação corporal. A missão do instinto é retirar ou reduzir essa estimulação por meio de algum comportamento, esse pode ser o ato de comer, beber ou manter relações sexuais. Já a Pulsão é um processo dinâmico que consiste numa pressão ou força que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo Freud, uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal; o seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir suas metas (LAPLANCHE E PONTALIS, 1995, P.394). Em O Inconsciente (Das Unbewusste) Freud (1915) fala que o oposto entre consciente e inconsciente não se ajusta às pulsões; se a pulsão não se prendeu a uma ideia ou não se manifestou como um estado afetivo, nada saberemos sobre ela. A pulsão nunca se dá por si mesma, nem a nível consciente, nem a nível inconsciente; ela só é conhecida pelos seus representantes: o representante ideativo (vorstellung) e o afeto (affekt). Os afetos não podem ser recalcados. Estes são sentidos a nível consciente, são expressões quantitativas da quantidade de energia pulsional, não sendo conteúdos do inconsciente, pois a nível inconsciente o afeto tem que se ligar a uma ideia (GARCIA-ROZA, 2003). Já os representantes ideativos se caracterizam por ser o conteúdo do