“A escuta na Psicanálise e a Psicanálise da escuta”
Curso: Psicologia
Disciplina: Técnicas de entrevista
Resumo: “A escuta na Psicanálise e a Psicanálise da escuta” de Monica Medeiros Kother Macedo e Carolina Neumann de Barros Falcão
Freud é o responsável pela inauguração de novos tempos: o da palavra e o da escuta, uma situação de comunicação entre o paciente e o analista. Enquanto um traz na palavra o desejo de ser compreendido em sua dor, o outro escuta e vê nas palavras a via de acesso ao desconhecido do paciente. A analise é uma situação de comunicação, onde as demandas comunicam o desejo e a necessidade de serem escutadas. Freud busca nas suas palavras e nas de seus pacientes, uma fala atravessada pelo inconsciente e pela sexualidade que demandam outra qualidade de escuta para ser compreendida. Se pos a escutar um corpo que falava ao se deparar com a histeria; descobriu a capacidade dos elementos se condensarem e se deslocarem nos sonhos. A psicanálise surgiu em reação ao niilismo dominante na Alemanha no final do século XIX, onde o doente era somente observado, sem escuta e classificado em sua enfermidade sem o intuito de tratamento. Freud não concordava com essa postura e propõe a todo tempo que o paciente fosse escutado. Freud emprega inicialmente a hipnose, porém como os sintomas desaparecem durante o estado hipnótico, mas tendem a retornar, Freud abandona o método e cria outra forma de escuta, surgindo assim a associação livre e com ela a psicanálise. Freud também traz o conceito de inconsciente que busca ser escutado e ter seus desejos satisfeitos comunicando-se através de sintomas, lapsos, chistes, atos-falhos e os sonhos apontam para a existência do inconsciente. No inicio da psicanálise Freud apresenta o aparelho psíquico como consciente, pré-consciente e inconsciente. Nesse modelo o analista tem a tarefa de tornar o inconsciente consciente, atuando como uma decifrador capaz de revelar ao paciente seus desejos até então desconhecidos. A