“Ter Saúde é estar em seu máximo potencial”: Medicina Antienvelhecimento e a Saúde Ótima
“Ter Saúde é estar em seu máximo potencial”: Medicina Antienvelhecimento e a Saúde Ótima
“Healthy means being in one's highest potential”: Anti-Aging Medicine and
Enhanced Health
ANTÔNIO NOGUEIRA LEITÃO - BACHAREL EM PSICOLOGIA (UFRJ)
MESTRANDO DO PROGRAMA EICOS - PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOSSOCIOLOGIA DE
COMUNIDADES E ECOLOGIA SOCIAL (UFRJ)
E-MAIL: TOTANL@IG.COM.BR
ROSA PEDRO – DOUTORA EM COMUNICAÇÃO E CULTURA (ECO-UFRJ)
PROFESSORA ASSOCIADA DO PROGRAMA EICOS
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOSSOCIOLOGIA DE COMUNIDADES E ECOLOGIA SOCIAL (UFRJ)
E-MAIL: ROSAPEDRO@GLOBO.COM
Agradecemos o apoio dado pela Capes para a realização deste trabalho.
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Resumo
O objetivo deste trabalho é apresentar um recorte das informações colhidas após um ano de pesquisa sobre as práticas da Medicina Antienvelhecimento, procurando situá-las na discussão sobre a busca da longevidade. Sempre potencialmente conflituoso por questionar formas canônicas de definição do ser humano, o debate sobre a extensão da vida suscita temores quanto à transgressão de limites éticos. Atualmente, em particular, certas técnicas têm acirrado as tensões, já que insinuam ganhos inimagináveis de anos de vida. Este é o caso da Medicina
Antienvelhecimento, que com uma teoria própria sobre o fenômeno biológico do envelhecimento, põe em cena conceitos que dão novos contornos para a racionalidade médica. Um dos exemplos disso é a ideia de saúde ótima. Inspirando-nos nos Estudos CTS – por exemplo, ao enfocar nas controvérsias como fio condutor da reflexão – procuramos discutir tanto essa noção de otimização quanto as críticas que a ela se impõem. O que percebemos ao observar a tensão entre o avanço em direção a novas formas do humano agenciadas pelas técnicas, e as diferentes tentativas de contê-lo, é que estas tentativas sempre recaem em propostas que ignoram que a hibridação sociedade x técnica é um dado incontornável. Disso resulta que tais proposições estão sempre a reboque das
inovações,