resenha
Imunossenescência
Immunosenescence
Karen Cecília de Lima Torres1, Patrícia de Araújo Pereira1,
Giselle Sabrina França de Lima1, Bruno Rezende Souza2,
Débora Marques de Miranda1, Moisés Evandro Bauer3,
Marco Aurélio Romano-Silva1
Recebido em 17/6/2011
Aceito em 1/10/2011
INCT de Medicina
Molecular/Laboratório
de Neurociência,
Departamento de Saúde
Mental, Faculdade de
Medicina, Universidade
Federal de Minas
Gerais (UFMG).
2
Department of Cell and Systems Biology,
University of Toronto.
3
Laboratório de
Imunologia do
Envelhecimento,
Instituto de Pesquisas
Biomédicas e
Faculdade de
Biociências, PUCRS,
Porto Alegre, RS.
1
Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo que envolve complexas mudanças celulares e moleculares, incluindo um declínio generalizado das funções imunológicas denominado de imunossenescência. As consequências clínicas da imunossenescência incluem uma maior suscetibilidade às infecções respiratórias, neoplasias e doenças cardiovasculares. Objetivo: Revisar as principais alterações celulares e moleculares da imunossenescência.
Métodos: Revisão da literatura entre 1996-2011 por meio de pesquisa nos bancos de dados PubMed e SciELO.
Resultados: Com o avançar da idade, as células do sistema imune inato e adaptativo exibem piora de função generalizada e um número reduzido de células T naïve. Além disso, há uma expansão de determinados clones de linfócitos T (principalmente as células CD8+CD28-), que se correlacionam com morbimortalidade em idosos.
Apesar de os indivíduos idosos apresentarem uma resposta imune menos efetora, há um aumento da expressão de moléculas inflamatórias circulantes e do número de células NK, o que é caracterizado pelo inflammaging. Esse quadro pode contribuir na etiopatogenia e fisiopatologia de doenças inflamatórias como aterosclerose, doença de Alzheimer, entre outras. Além disso, durante a imunossenescência, há também presente uma pior resposta a vacinas e