à procurado do culpado

FICHA DO CONTRATO DE LEITURA

Referências bibliográficas da obra:
HUMPHREYS James; À Procura do Culpado; Editorial Presença, 1ª edição, Janeiro de 2005.

Poema:
Quando é que o cativeiro

Quando é que o cativeiro
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?

Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?

Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?

Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.

Fernando Pessoa

Justificação da escolha:
Creio que este poema elucida eficazmente os sentimentos de Clarisse e todo o enredo da história, pois o sujeito poético mostra estar preso em si mesmo e desesperado por libertar-se, tal como a protagonista da narrativa que interroga-se muitas vezes “quando é que o cativeiro acabará”.
O poema transparece revolta e confusão, sentimentos altamente patentes em Miss Morland e, por isso, há uma relação com a situação descrita na narrativa.
Além disso, as repetitivas interrogações no poema transparecem incerteza, tal como acontecia nas acusações a Clarisse, apesar de todas as provas.
Assim, na minha opinião, este poema assemelha-se em muitos aspectos ao livro.

Música:
“Coffee & Tv”, Blur

Original:

Do you feel like a chain store?
Practically floored
One of many zeros
Kicked down and bored.

Your ears are full but you're empty
Holding out your heart
To people who never really
Care how you are.

So give me coffee and TV, easily
I've seen so much, I'm going blind and i'm braindead virtually
Sociability it's hard enough for me
Take me away from this big bad world and agree to marry me
So we can start over again.

Do you go to the country
It isn't very far
There's people there who will hurt you
‘cos of who you are.

Your ears are full of their language there's wisdom there you're sure
Till the words