Éticas e Virtudes
A justiça encerra todas as virtudes.
Aristóteles
Um ponto cardeal da filosofia aristotélica é a doutrina da causalidade. As quatro causa material , formal, eficiente e final explica a plenitude dos seres naturais. Aristóteles, o indivíduo realiza sua causa final, alcançando assim seu fim ou plenitude natural.
A autoconquista começa com a prática das virtudes e termina na comunidade política, onde a justiça comanda os atos das demais virtudes morais. Daí a sentença de Aristóteles: “ sem a prática da justiça o homem é um deus ou uma besta “.
Fica , claro que Aristóteles subordina a ordem ética à política. Esta é sua tese, desde o início da Ética Nicômaco. Os trabalhos da Ética e da Política visam o mesmo fim: a vida virtuosa e feliz.
a) O indivíduo e as virtudes morais (e intelectuais ) Aristóteles define a ética como o estudo de ação humana finalizada no bem : “ toda a arte, toda investigação e igualmente toda a ação e escolha tendem a algum bem, segundo, a opinião geral; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo em direção ao qual todas as coisas tendem. A ética se ocupa da ação como pramix. Isto significa que a ordem das finalidades permanece no interior da estrutura ontológica do indivíduo. Fica claro que a existência humana se inscreve num plano global e harmoniosa.
b) O cidadão e a justiça Chegamos ao centro da ética e política aristotélicas. Todo o esforço anterior convergia para a vida feliz do indivíduo sob o controle das virtudes morais. O equilibro interior do indivíduo e o nível de perfeição alcançado corresponde ao primeiro aspecto da definição: anima racional ou animal que se guia pela reta norma da razão. Isto não bata para que o homem alcance a sua plenitude, a sua causa final. Com a mesma naturalidade com que é animal racional, o homem é também “animal político”, que só atinge a realização de sua natureza na comunidade. Portanto, os