Ética das virtudes
Aristóteles defende que a principal função moral do Homem é cultivar um carácter virtuoso, atitude que o levará a realizar escolhas e decisões que visam alcançar o bem comum. Neste sentido, o filósofo argumenta que a virtude não é nem um sentimento nem uma capacidade inata, mas sim uma predisposição do indivíduo para concretizar o melhor de si de forma consciente. O carácter por si só não é condição suficiente nem final para se ser virtuoso, virtude esta que necessita de ser desenvolvida e exercitada. Foca-se essencialmente nas intenções do agente que pratica a acção, mais concretamente nas motivações que o levam a praticá-la. O desejo interior é condição fundamental.
Por outro lado, a virtude é vista como um meio-termo entre dois extremos viciosos: o extremo por excesso e o extremo por defeito. Por exemplo, a coragem (“aquele que possui uma boa esperança”) que está entre a cobardia (“vive no pânico da antecipação da dor”) e a temeridade (“nenhum perigo é verdadeiramente ameaçador”).
Relativamente a este tema, também se estabelece a distinção entre virtudes morais e não morais. Virtudes que normalmente são conotadas como tal na área da gestão, muitas vezes revelam-se destrutivas para o indivíduo e até mesmo para a sociedade em geral. (ex.Competitividade, perfeccionismo). Como exemplo de virtudes morais existe a coragem, a prudência, a gentileza, justiça e a veracidade. Entre as virtudes intelectuais temos a sabedoria, a temperança e a inteligência.
Outra razão para as virtudes éticas serem tão valiosas para o mundo dos negócios hoje em dia, é o facto de uma pessoa movida pelos desejos e motivações certas, provavelmente saber melhor como deve agir. Isto vai levá-la a estar mais motivada para o cumprimento das tarefas, acabando por agir em concordância com os ideais morais da empresa. Já uma pessoa que segue apenas as regras e obrigações estabelecidas ou comumente aceites pode até cumpri-las bem mas não ser confiável, no sentido em que não