A vida de max weber
Max Weber nasceu na cidade de Erfurt, na Turíngia, a 21 de abril de 1864. A Turíngia está hoje sumida no anonimito da República Democrática Alemã, o Estado comunista da Alemanha Oriental. Mas, em 1864, fazia parte dos domínios prussianos, dessa potência que foi a perplexidade e a obsessão de toda a vida de Weber. Sua família definia-se pelo protestantismo.Os antepassados de seu pai foram refugiados luteranos do Império Austríaco que se instalaram em Bielefeld e se tornaram importante comerciantes de tecidos. A família maternal remontava a Wilhelm von Wallenstein, alemão que servira nos exércitos do grande Gustavo Adolfo, "Leão do Norte e Baluarte da Fé Protestante". Os Wallensteins - nome que em sueco se pronuncia Fallenstein - tornaram-se intelectuais sui generis: mestres-escolas ou o que na Escócia teria o nome de dominies. Um deles entregou-se à bebida (o que parecia ser comum dos dominies) e abandonou sua esposa huguenote. Seu filho, G. F. Fallenstein, sofreu um período de perturbação mental, depois tornou-se apóstolo do nacionalismo e romantismo e do retorno às tradições populares alemães; após ter combatido contra Napoleão, alistou-se na polícia militar durante a ocupação de Paris em 1815 e, no ano seguinte, estava exercendo um cargo burocrático em Dusseldorf. Em Paris, esse homem adicionou ao seu românico nacionalismo alemão e ao ódio a Napoleão um inconveniente apego às idéias libertárias da Revolução Francesa. Disso resultou não ter progredido em sua casa carreira, no desconfiado mundo da Restauração, até ser nomeado em 1832 conselheiro do Estado (Regierungsrat) em Coblentz. Contraiu o seu segundo matrimônio em 1835 com Emilia Souchay, cuja filha, Helene Fallenstein, viria a ser a mãe de Max Weber.
Também os Souchay tinham um passado de refugiados por motivos de consciência religiosa: eram de origem calvinismo e tinham fugido de Orleães após a revogação dos editos de tolerância religiosa em favor dos Huguenotes, em 1685. Tornaram-se