Ética e imprensa
* INTRODUÇÃO – O SANGUE AZUL, A DEONTOLOGIA E O DIREITO A INFORMAÇÃO.
Fatos relevantes são notícias que o telespectador que ver, mas nem sempre o que as emissoras de rádio, televisão, jornais e revistas divulgam são necessariamente verdades jornalisticamente éticas e incontestáveis. No atual contexto, em que o capitalismo dita as regras da economia, tudo passa a ter seu valor mercadológico, inclusive à notícia.
Não é difícil abrir um jornal ou ligar a televisão e se deparar com notícias tendenciosas, pejorativas, que visam beneficiar uma das partes ou mascarar a verdade dos fatos.
Quando se cobram bons modos dos jornalistas, é preciso separar bem dois tipos de exigência. O primeiro é aquele que reclama do poder dos meios de comunicação, que fizeram de seus funcionários figuras arrogantes, que se julgam acima de qualquer limite quando se trata de garantir seus interesses. O segundo tipo de exigência é inepto: pretende apenas resguardar as aparências das boas maneiras. Os representantes da mídia devem, sim, ser bem educados, mas não em relação aos poderosos. Devem ser educados com o público. (p. 10-11)
Parece que estamos vivendo em uma “redoma de vidro”, em que a ética do jornalista tem de ser deixada para trás, para não arriscar o emprego ou não acatar a “ética” do veículo em que trabalha.
O jornalismo é conflito, e quando não há conflito no jornalismo, um alarme deve soar. A ética só existe porque a comunicação social é lugar de conflito. Onde a etiqueta cala, a ética pergunta. (p.11)
O compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos fatos parece nem sempre estarem pautados diariamente em todos os meios de comunicação, pela precisão da apuração dos acontecimentos e sua correta informação.
No exercício da profissão, diariamente os profissionais de imprensa enfrentam dilemas cuja solução nem sempre é simples. Com freqüência, os órgãos de imprensa se vêem entre optar pelo respeito à privacidade de alguém