Análise do Documentário Ética e Imprensa
O documentário Ética e Imprensa é todo baseado e embasado no ponto de vista do Professor José Miguel Wiskik; o qual é jornalista e professor de jornalismo da Universidade de São Paulo. O tema principal do documentário é a tentativa de explicar melhor o que vem a ser o Jornalismo, o jornalismo no cotidiano e desmentir algumas “verdades”, ideias falsas criadas sobre o jornalismo e o jornalista.
Wisnik coloca-se em um posto crítico ao analisar de maneira hostil o jornalismo, suas utilidades e convenções, tendo como intuito explicar e derrubar a ideologia da verdade jornalística e a influência cotidiana que essa ideologia tem sobre a sociedade.
Wisnik alicerceia suas ideias e seus argumentos nas concepções de verdade, realidade e verossimilidade; tomando como ponto de partida essas concepções enquadradas nos contextos jornalístico e literário. Os fatos fantásticos, literários, fictícios vem apresentados e já encaixados dentro de um contexto imáginario criado e exprimido pelo autor, tornando aquele fato uma coisa real (para a situação); não verdadeiro, mas, verossímel. O conceito de verossímilidade se aplica diretamente ao contexto em que um fato é apresentado ou entendido, sintetizando, o que é coerente em relação ao seu contexto é verossímel.
Ao reportar um fato que realmente aconteceu, uma realidade, o repórter, o jornalista está recortando essa realidade do contexto em que ela ocorreu e está a transportando para o contexto em que a matéria há de ser escrita; geralmente, o contexto em que o jornal, revista vive. Uma frase reportada pode mudar totalmente o seu sentido. Cabe colocar que o contexto não é apenas o tempo ou o lugar, mas, sim, a ideologia por trás, que embasa as crenças, pensamentos e visões políticas; então, quando um jornalista reporta uma realidade, ela deixa de ser realidade pois foi tirada do seu contexto original e implantada no contexto em que se passa os interesses de quem a transmite e foi vista