Ética e cultura
Mas todo homem é homem do seu tempo e traz as marcas da cultura em que se insere e da qual recebe as influencias. No mundo da Modernidade, a razão técnica passou não só a determinar seus objetos, ela também se deu a tarefa de determinar seus fins e seus valores. O homem moderno sentia-se mais orgulhoso por causa desta auto-determinação ética, do que propriamente em dominar o mundo. Transformador do mundo, ele queria ser também o criador de si mesmo, dos seus fins e dos seus valores.
Um comércio fraudulento, no qual os consumidores são enganados em relação aos bens que lhes são oferecidos. Suscita-se pelos meios de comunicação e pelo poder de sedução da mídia, cujo fascínio torna-se irresistível, o desejo de comprar cada vez mais. No entanto, o objetivo da ideologia consumista é que este desejo nunca seja satisfeito. Criando necessidades e suscitando desejos que não devem ser satisfeitos, a indústria cultural organiza-se para que o homem consumidor compreenda que nada mais é do que um simples consumidor e, enquanto tal, igualmente manipulado e dirigido pela indústria cultural.
E como não poderia deixar de ser, daí seguiu-se uma desestabilização da vida social.
Escassez de reservas naturais, poluição do meio ambiente, destruição e desmatamento criminosos de nossas florestas nativas, efeito estufa, buraco na camada de ozônio que ameaça tornar insuportável a vida sobre a terra, mudanças climáticas surpreendentes nas diversas partes do globo, desemprego generalizado, interesses individuais colocados acima do Bem Comum, interesses