Ética no transito
Quem nunca se aborreceu no trânsito que atire a primeira pedra! Motivo de stress para a grande maioria dos brasileiros, sobretudo para aqueles trabalhadores que fazem longos trajetos diários, o trânsito caótico da cidade do Rio de Janeiro tem suas peculiaridades.
Por exemplo, sinalizar a troca de faixa indica ao motorista que vem atrás que ele deve acelerar! Afinal, como todos trocam de faixas inúmeras vezes apenas para tentar driblar o trânsito, a seta perdeu seu sentido original de pedido de passagem. Uma vez disseminada essa inversão perversa, ligar o pisca-pisca perdeu todo sentido. Portanto, por que fazê-lo? É melhor pegar o motorista de surpresa, logo ele não poderá evitar a ultrapassagem. Assim como o sinal amarelo que normalmente deveria indicar ao motorista para diminuir a velocidade e hoje significa: “acelere, o sinal já vai fechar!”. Isso sem contar a área delimitada como cruzamento que deveria ser sempre deixada livre e vive coberta de veículos, impedindo a passagem de quem não tem nada a ver com aquele engarrafamento e piorando ainda mais a situação geral. E o que dizer do corte pela direita? Para que enfrentar as longas filas do sinal se posso ultrapassar todos de uma só vez? Uma pequena “bandalha” não vai fazer mal, afinal, a nossa pressa é sempre maior que a dos outros!
Como tem sido assinalado por especialistas da área, o comportamento do motorista é o grande responsável pela maioria dos acidentes de trânsito no Brasil. Claro que muitas vezes a postura dos pedestres e as condições das vias são também culpadas, mas são sobretudo comportamentos que vão desde o descuido e o erro, passando pela imprudência e ousadia criminosa, até o engano e a incompetência do condutor, os principais fatores que causam acidentes e, rotineiramente, stress e violência no trânsito.
Há um consenso popular de que, no trânsito, as pessoas deixam de ser imprudentes quando “sentem no bolso" as suas infrações. Os responsáveis por as coibirem sabem disto e