Ácido cianídrico
O ácido cianídrico foi descoberto pelo químico Scheele em 1782 na Prússia, que o sintetizou a partir do azul da Prússia, daí o nome ácido prússico, muito utilizado antigamente. Cerca de 30 anos mais tarde, o químico francês Louis Joseph Gay-Lussac obteve esse ácido na sua forma pura, permitindo determinar sua fórmula com exatidão, desde então, o ácido recebeu o nome de ácido cianídrico. É sintetizado principalmente pela reação de metano com amônia e oxigênio, a altas temperaturas, tendo a platina como agente catalisador da reação, produzindo água, além do próprio ácido.
Usa-se muito o ácido cianídrico na fabricação do plástico, corantes diversos, acrílicos, pesticidas (propriedade descoberta durante a Primeira Guerra Mundial), fertilizantes agrícolas e na extração de minérios como ouro e prata. Pode ser encontrado em algumas espécies de mandioca e em sementes de frutas como maçã, cereja, alperce, pêssego e amêndoas.
No grupo dos venenos mais letais já descobertos, o ácido cianídrico é um importante membro. Quando disperso em locais pouco ventilados, se adere a tudo o que for úmido, mantendo seu efeito danoso por vários dias. É tão nocivo, que durante a Primeira Guerra Mundial foi utilizado como arma química por ambos os lados conflitantes. Em corrente sanguínea, esse ácido estabelece ligações extremamente estáveis com o ferro da hemoglobina, impedindo o transporte de oxigênio e gás carbônico, além de desativar oxidases (enzimas de oxidação), tornando ineficaz a cadeia de transporte de elétrons.
Um dos casos mais conhecidos de acidentes