O Utilitarismo de Jeremy Bentham e os problemas do Hedonismo
Desde a antiguidade os seres humanos procuram estabelecer as causas e os motivos dos fenômenos econômicos. Economistas sempre apresentam demonstrativos sobre as causas da inflação, das crises, da alta do mercado, da baixa dos investimentos, etc. Jeremy Bentham foi um teórico social que baseou-se na Filosofia Hedonista para explicar os motivos econômicos da sua época. Essa Filosofia partia da ideia de que a motivação humana é movida pela busca do prazer, sendo o comportamento humano naturalmente egoísta e com a finalidade de maximizar as suas sensações de prazer e diminuir as sensações de dor. Isso pode parecer muito vago primeiramente já que ele partiu de uma filosofia e não de princípios econômicos. Mas a partir disso ele determinou que os indivíduos se relacionam socialmente com a intenção de aumentar os seus benefícios, vantagens, bem-estar, felicidade, prazer, ou, nos termos de Bentham, a Utilidade. Os Economistas Clássicos separaram o valor de uso e o valor de troca de uma mercadoria, a diferença é que Bentham relaciona esses dois valores de modo que o valor de troca de um bem será tão alto quanto for a utilidade (valor de uso) dele. Smith, Ricardo e principalmente Marx diziam que o valor de troca está em função do trabalho na criação da mercadoria e não na utilidade dela em si, eles sempre fizeram a observação de que as mercadorias comercializadas devem ser úteis ao consumidor mas nunca afirmaram que é isso que determina o preço delas. Assim, Jeremy Bentham, marca o fim da Escola Econômica Clássica e dá início à Escola Econômica Utilitarista. Bentham tentou fundar a “ciência do bem-estar” pretendendo quantificar o bem-estar e expressar em números o grau de prazer dos indivíduos. Os Economistas Clássicos não viam o valor de uso como determinante do valor de troca, pelo contrário, Adam Smith exemplificou uma famosa comparação inversa da utilidade e o valor de troca . Ele mostrava que a