O universalismo religioso
Autor: Carl Teichrib, Forcing Change, Volume 2, Edição 1.
Introdução
O processo de globalização tem um alcance muito além da economia. Como um sistema total, que incorpora elementos sociais e políticos, essa transição mundial foi colocada em marcha por diversas forças históricas e filosóficas. Neste contexto, a religião encontra-se na dianteira e no centro da busca por um novo paradigma internacional.
Em nenhum outro lugar isto é mais evidente do que na reorientação filosófica em direção ao universalismo religioso — a ideia que todas as religiões e fés são simplesmente caminhos divergentes que eventualmente levam ao mesmo objetivo final.
O controverso teólogo católico Hans Küng, defendeu essa posição no prefácio que escreveu para o livro The Meaning of Other Faiths: "... após o ecumenismo intraprotestante e intracatólico, chegamos irrevogavelmente à terceira dimensão ecumênica, o ecumenismo das religiões do mundo!" [1].
Marcus Braybrooke, presidente do Congresso Mundial das Fés, refletiu sobre como a religião poderá ser alterada em uma cultura global:
"Minha esperança — embora certamente não seja a esperança de todos no movimento interfé — continua sendo que o diálogo eventualmente trará a convergência ou, pelo menos, que a teologia se tornará uma disciplina inter-religiosa, ou uma 'teologia global'... um compartilhamento do Espírito. Somente esse compartilhamento tornará possível a recuperação dos valores espirituais que oferecem esperança para um mundo que está em agonia." [2].
Se uma teologia mundial ou uma "convergência" religiosa é parte do processo de globalização, podemos ver prenúncios dessa mudança hoje? A resposta pode ser encontrada em uma tendência cada vez mais aceita na sociedade: o universalismo religioso.
Este relatório tem três propósitos:
Demonstrar que essa transição no pensamento está ocorrendo agora.
Explorar alguns dos