A crise da monarquia

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No final do séc. XIX sentia – se por todo o País o descontentamento da População.
Os operários, agricultores, burgueses e outros trabalhadores viviam cada vez com um salário pior e a possibilidade de serem despedidos a aumentar.
Os vendedores aumentavam o preço a tudo para poderem comer mas, não havia dinheiro.
O Rei e a família real pediam empréstimos ao estrangeiro para realizar grandes obras no reino. Para pagar viam – se obrigados a aumentar os impostos os preço dos produtos e diminuir o ordenado dos trabalhadores.
O governo e o rei não conseguiam manter a vida do povo com melhores condições.

Sob o ponto de vista econômico, a segunda metade do século 19 caracterizou-se pela crise do Vale do Paraíba - até então, a mais importante região produtora de café brasileira - e a emergência dos cafeicultores do Oeste paulista. Ao contrário dos grandes fazendeiros do Paraíba, que apoiavam as instituições monárquicas, os dos Oeste paulista faziam oposição à centralização do Império.

De outro lado, ampliou-se a propaganda republicana. Embora a proposta sempre tivesse tido espaço nas discussões políticas, foi em 1870 que o Partido Republicano foi formalmente criado, no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, outros partidos semelhantes seriam organizados em províncias importantes do Império. Os republicanos "históricos" criticavam a centralização da Monarquia, seu caráter hereditário, o poder excessivo nas mãos de Pedro 2°, a vitaliciedade do Senado e o sistema político em geral, que excluía a maioria absoluta da população.

Outro elemento fundamental para a crise da Monarquia foi o desgaste entre os militares e o Império. O Exército brasileiro, cada vez mais "popular" em sua composição, passou a estar em franca contradição com o elitismo que sempre caracterizou o regime monárquico. As ideias trazidas da Guerra do Paraguai só alimentaram a disposição militar em "purificar" os costumes políticos, consolidando a auto-imagem do Exército, de salvador nacional.

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