O trato dos viventes
Paradoxo histórico: Brasil se formou fora do Brasil.
Surgimento do Brasil: não é simplesmente um prolongamento da Europa. A colonização portuguesa, fundada no escravismo fornece as bases de constituição do Brasil. Temos uma zona de produção escravista situada no Litoral da América do Sul e uma zona de reprodução escravista, situada na África. Tudo isso dá origem a um sistema social e econômico bipolar, um espaço aterritorial, com duas partes unidas pelo oceano.
Peru e Angola: conflitos entre colonos, ordens missionárias e Coroa.
Goa: comércio acima da fidelidade à Coroa. O excedente colonial se realiza mas foge da Coroa. Enriquecimento e contrabando por parte dos oficiais régios.
Moçambique: reconhecimento da superioridade do nativo. Colonos se cafrealizam, africanizam.
América portuguesa: não presenciou estes conflitos. Nenhuma tribo teve autonomia.
Assim, percebe-se que a presença dos colonos nos territórios não constitui, necessariamente o domínio e exploração econômica, vide exemplos anteriores.
O povoamento da América portuguesa se dá após o declínio do comercio asiático e como tentativa de proteção perante demais países que por ventura tentassem a tomada das terras de domínio português, como a França. Capitanias hereditárias.
Tem-se a passagem de uma economia de coleta e trabalho indígena para uma economia de produção açucareira fundada no trabalho escravo, assim o tráfico é incentivado.
Colonização dos colonos. Inicialmente a coroa dá amplos poderes aos colonizadores para depois retirá-los. Faz com que os rios coloniais corram para o mar metropolitano. O aprendizado da colonização coincide com o aprendizado do mercado reinol. Assim, consolida-se a exploração e a dominação. Destaca-se ainda a atuação do Santo Ofício (negociantes eram levados de volta ao santo oficio de Lisboa).
A Igreja ajuda a fixar o dominium ao fixar o povoamento colonial e também o imperium pois suscita a vassalagem.
O TRÁFICO NEGREIRO