o trato os viventes de alencastro
Num contexto de colônia de exploração da América do Sul, tanto por Portugal quanto pela Espanha, os espanhóis têm um tratamento diferente do português com relação ao índio, num reinado onde os Jesuítas preservavam o fator humano na imagem dos indígenas, a disputa pelo território torna o índio uma mercadoria, onde havia uma ganancia maior pelo território ocupado pelo índio que seria escravizado. Como no filme “A Missão” de Roland Joffé que aborda a temática jesuíta e revela uma tática de exploração do índio pós-catequização, e a caça do índio pelos feitores de escravos nas matas brasileiras, como nas matas da foz do rio Iguaçu e na bacia do Prata, onde enquanto os grandes fazendeiros se utilizavam dos índios para cultivar suas plantações no regime escravo, simultaneamente os jesuítas ensinavam aos índios o valor de cultivar suas próprias plantações para subsistência.
O estado português havia se dividido para abranger o velho e o novo mundo e o autor Luiz Felipe de Alencastro mostra como essas duas partes unidas pelo oceano se completam num só sistema de exploração colonial cuja singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo. Onde a miscigenação mesmo após o massacre indígena é muito mais visível, num contexto onde, o tratamento com o nativo foi muito diferente do de Angola, onde não houve nem um debate com relação a humanidade do negro, e sua função como apenas escravo numa vida de servidão ao branco já escrita por Deus, antes do seu nascimento, era um fator tido como óbvio