O Trabalho escravo negreiro
O trabalho escravo foi o alicerce da economia do nosso país no período Colonial e Imperial (em que neste último através de muita resistência o processo de abolição da escravatura teve seu início). O trabalho escravo no Brasil teve ênfase no período colonial com o tráfico de escravos já que a mão de obra portuguesa e assalariada era inviável e a prática da escravidão dos negros já era a muito demasiada comum.
O tráfico negreiro vinha da África e era altamente rentável para a Coroa portuguesa, pois trazia um desenvolvimento econômico desenfreado. Os escravos eram vistos como “mercadorias humanas”, sendo avaliados fisicamente e colocados com preços mais elevados de acordo com a sua condição. Por ser caro, a morte ou a fuga de um escravo representava um enorme déficit financeiro aos fazendeiros. A mão de obra escrava foi colocada inicialmente para a produção açucareira, e posteriormente nas minas de ouro para a extração de minérios no Brasil Colonial.
Os escravos, além disso, recebiam somente trapos para usarem como roupas, trabalhavam de 14 a 16 horas, tinham uma péssima alimentação (de no máximo duas “refeições” por dia) e recebiam muitos castigos corporais. Devido a essas péssimas condições de trabalho, surgem então as várias revoltas e fugas dos escravos nas fazendas e a criação dos famosos quilombos, que eram lugares de refúgio dos negros, onde podiam vivenciar sua própria cultura e religião, e se organizarem para atacarem as fazendas e conseguirem de fato as suas verdadeiras liberdades. Toda a luta da escravidão negra trouxe promulgações de leis que tentavam remediar a questão da escravatura, a fim de que se adiasse o máximo possível sua abolição, já que esta era muito temida pelas elites coloniais e imperiais, pois eles acreditavam ser uma grande perda financeira. A luta dos negros dados como escravos foi o que derrubou esse sistema econômico com a lei de abolição da escravatura assinada pela Princesa Isabel (através da