Ilha do fogo
Chama-se de tráfico negreiro o transporte forçado de negros como escravos para as Américas e para outras colônias de países europeus, durante o período colonialista.
A escravidão ocorre desde a origem de nossa história, quando os povos que eram derrotados em combates entre exércitos ou armadas eram aprisionados e transformados em escravos por seus dominadores. O povo hebreu é um exemplo disso, foram comercializados como escravos desde os primórdios da História. Os escravos eram usados nos trabalhos mais pesados e toscos que se pode imaginar.
A escravatura foi praticada por muitos povos, em diferentes regiões, desde as épocas mais antigas. Eram feitos escravos, em geral, os prisioneiros de guerra.
Na Idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão. Desenvolvendo-se então um cruel e lucrativo comércio de homens, mulheres e crianças entre a África e as Américas. A escravidão passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença da suposta superioridade racial e cultural dos europeus.
O tráfico negreiro na costa africana se dava de várias maneiras: poderiam ser adquiridos de mercadores muçulmanos ou diretamente de chefes africanos sempre dispostos a vender seus cativos e, até mesmo, seus súditos. Os portugueses também se valiam das desavenças entre grupos tribais, normalmente terminadas em lutas e, consequentemente, escravos, além da corrupção dos pais, que não hesitavam em vender seus próprios filhos. Nas trocas para a aquisição de escravos (escambo), usava-se como forma de pagamento desde a aguardente, tabaco e armas, até missangas, quinquilharias e outras bugigangas. Nas viagens, a bordo dos navios negreiros (tumbeiros). Perdiam-se aproximadamente 40% do total de "peças" embarcadas. Em alguns casos, chegavam a mais de 60%.
Já na América, o negro era submetido à violência da escravidão capitalista, sem precedente na História da Humanidade, uma vez que, nesta, o trabalhador