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Os fueguinos indígenas pertenciam a várias tribos, como selknam, haush, yagan e kawésqar. Todas estas tribos, exceto os selknam, viviam exclusivamente nas zonas costeiras. Os yaghans e os kawésqar viajavam em canoas em torno das ilhas do arquipélago, enquanto os haush não habitavam a costa. Os selknam viviam no interior da Ilha Grande da Terra do Fogo e viviam principalmente da caça de guanacos. Os povos fueguinos falavam várias línguas distintas: os idiomas kawésqar e yagan são considerados línguas isoladas, enquanto os selknam falavam uma língua chon, assim como os tehuelches no continente.
Quando os chilenos e argentinos de ascendência europeia estudaram, invadiram e se estabeleceram nas ilhas em meados do século XIX, eles trouxeram consigo doenças, como sarampo e varíola, para as quais os fueguinos não tinham imunidade. A população desses povos foi devastada pelas doenças e suas populações foram reduzidas de vários milhares no século XIX para centenas no século XX
A história da ocupação humana na Terra do Fogo - que tem sua capital em Ushuaia, a última cidade do fim mundo - remonta a 12.600 anos, quando a região começou a ser ocupada pelos índios fueguinos, assim chamados pelos espanhóis por fazerem fogueiras permanentes no inverno - ou talvez por terem feito várias fogueiras de aviso quando avistaram as caravelas dos primeiros navegadores europeus, na expedição de Fernão de Magalhães, em 1520.
Ainda não se sabe se os fueguinos seriam descendentes de migrantes da Ásia que chegaram à América do Norte, há pelo menos 40 mil anos, pelo Estreito de Behring, ou se descenderiam de populações da Austrália e Oceania, vindas por mar, em épocas talvez posteriores. Em praias perto de Ushuaia, sambaquis de mais de 6 mil anos atestam a presença humana no local por imensos aglomerados de conchas e ossos de