O taoismo e o confucionismo
O Taoísmo é uma tradição na qual o espiritual, o cultural, a religião, a filosofia e a ciência não estão separados. Por isso, hoje pode-se encontrar dentro dele elementos que correspondem ao que nós chamamos de religião no Ocidente: os mestres ascensionados, as divindades, as práticas místicas, os mantras cânticos, meditações. Existe uma complexa teologia, e se encontra hoje dentro do Taoísmo um vasto ensinamento filosófico; inúmeros pensadores, numerosos escritos, alguns deles já traduzidos em língua ocidental.
Também se podem encontrar dentro do Taoísmo conhecimentos como os que originaram a Medicina Tradicional Chinesa ou a Astrologia Chinesa. Até conceitos hoje proeminentes nos campos empresarias, como os derivados da Estratégia Clássica Chinesa, tiveram origem na Arte da Guerra, de Sun Tzu, grande mestre taoísta. O Taoísmo apresenta um leque muito amplo
Para se poder atuar em todos esses segmentos e níveis são necessários dois elementos fundamentais. Primeiro, ter um princípio muito sintético, pois somente algo bem sintético é capaz de permear diferentes áreas.
Quando um sistema, uma teoria ou um principia filosófico torna-se complexo e cheio de referencias, ele se limita. Daí ele passa a ser “apenas” uma religião, “apenas” uma escola de filosofia ou “apenas” a teoria de uma escola científica ou especulativa.
Há que ser extremamente sintético para poder permear muitas áreas sem gerar conflitos.
O segundo elemento é o princípio da unidade. O próprio conceito de Tao encerra o espírito de indivisibilidade.
O universo é um só. No mundo em que vivemos, todas as coisas estão interligadas. Assim, a religião, a filosofia e todo o conhecimento deveriam estar simplesmente num corpo si.
Contemplar a religião isoladamente seria como olhar para um lado de uma pirâmide de quatro faces e dizer que este é constituída apenas por essa face. A ciência seria outra face, a filosofia outra, inúmeros outros conhecimentos comporiam o quarto segmento dela. Apesar das