O surgimento da fisioterapia
1.1 A origem da fisioterapia
É interessante observar como desde os primórdios da humanidade se têm relatos sobre o uso de agentes físicos (calor, água, eletricidade), massagens e exercícios como uma tentativa de curar e/ou amenizar as disfunções que o corpo sofria ao longo da história.
Durante a Antigüidade (4.000 a.C- 395 d.C) além do uso da eletroterapia através de peixes elétricos, a ginástica também era usada para combater as doenças denominadas na época de “diferenças incômodas”. Para tal, esta terapia que envolvia o movimento corporal ficava exclusivamente nas mãos dos sacerdotes e somente era empregada depois de estudada, racionalizada e planejada.
Na Idade Média, tanto a ginástica como os estudos na área da saúde foram interrompidos devido ao caráter eclesiástico dominante na época. As doenças antes tratadas passaram a ser consideradas algo para ser exorcizado, pois o corpo humano passou a ter um significado de algo inferior e as camadas superiores da nobreza e do clero despertaram uns interesses pôr uma atividade que pudesse aumentar a potência física.
No Renascimento, com o humanismo, as artes e o culto ao físico os estudos foram retomados, e a preocupação com o corpo saudável também. Mercurialis apresentou princípios para uma ginástica médica que compreendia regularidade nos exercícios para conservar um estado saudável já existente, exercícios para indivíduos enfermos, sedentários e para convalescentes. Através destes princípios é possível observar que havia uma preocupação com o organismo lesado e são.
Na fase Industrial com o novo sistema de produção proporcionado pelas máquinas, os trabalhadores passaram a sofrer com o excesso de trabalho, péssimas condições alimentares e sanitárias o que gerou novas doenças como as epidemias de cólera, tuberculose pulmonar, alcoolismo, e principalmente os acidentes de trabalho.
Apesar de observarmos ao longo dos séculos a existência de terapias que envolviam exercícios