o Surdo
Na Antiguidade, os gregos ouvintes consideravam que os Surdos não eram seres humanos competentes, devido a pressupostos de que o pensamento não podia se desenvolver sem linguagem e que esta não se desenvolvia sem a fala. Para Aristóteles a linguagem era o que dava condição de humano para individuo, portanto, sem a linguagem o Surdo era considerado não humano e sem possibilidade de desenvolver faculdades intelectuais.
Na Idade Média, os surdos ainda eram conhecidos como não humanos. No final da Idade Média, Skiliar(1996), foi esboçado um caminho para a educação do surdo, de tal forma que o professor que se dedicava inteiramente a um aluno para ensina-lo a falar, ler e escrever, para que pudesse ter o direito de herdar os títulos e bens familiares. Skiliar foi o primeiro a citar que o surdo poderia aprender por meio da Língua de Sinais ou da língua oral.
Durante a Idade Moderna, teve inicio a verdadeira educação do surdo, ligada à educação de filhos nobres por Pedro Ponce de León. Ele é considerado o primeiro professor de Surdos na história e seu trabalho serviu de base para muitos outros educadores de Surdos. Ponce de León conseguiu ensinar os surdos a falar, ler, escrever e aprender filosofia. No inicio do século XVII, Juan Pablo Bonet, retomou o trabalho de Ponce de León. Bonet publicou um livro, em 1620, em que se apresentou como inventor da arte de ensinar o Surdo a falar, utilizando uma forma de alfabeto digital, da forma escrita e da Língua de Sinais, para ensinar a leitura ao Surdo e, por meio de manipulação dos órgãos fonoarticulatórios, ensina-los a falar. O mérito da inclusão da Língua de Sinais na educação dos Surdos é de Charles-Michel de L’Épée, que iniciou seu trabalho com duas irmãs surdas e, posteriormente, fundou a primeira escola pública para Surdos do mundo, o Instituto Nacional para Surdos-mudos de Paris. Para adaptar seus objetivos, construiu um sistema baseado na Língua de Sinais, criando