O Sistema Carcer rio brasileiro
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O sistema carcerário brasileiro vem passando por uma verdadeira crise em que superlotação, rebeliões, reincidência, corrupção e abandono são algumas de suas principais características. Isso mostra o descaso que as casas de detenção têm sofrido, pois seu principal objetivo, de ressocialização do preso, na maioria das vezes, não é efetivamente cumprido, além de essas estarem se tornando “escolas da criminalidade”, como tem ocorrido no Maranhão, principal estado representante disso, que tem sofrido com a grande violência em decorrência de seu sistema penitenciário falido, marcado por decapitações, fugas e estupros. Os altos índices de reincidência, sendo este em torno de 70%, tem levantado a questão sobre se a carceragem no país está realmente sendo positiva. Afinal, é possível ressocializar um infrator afastando-o da sociedade? Alguns criminólogos afirmam que não, pois o motivo que leva a maioria dos brasileiros a infringir a lei é o próprio sistema social excludente em que muitos, por não terem tido uma formação sociocultural bem estruturada, recorrem à criminalidade como meio de se sustentar. Isso acaba transformando as prisões em fomentadoras da desigualdade econômica, uma vez que grande parte dos detentos sai delas com menos oportunidades ainda devido, principalmente, ao preconceito da sociedade com eles. Apesar disso, algumas soluções estão sendo encontradas por outros países e pelo Brasil, como as penitenciárias privadas, cuja primeira nacional se encontra em Ribeirão das Neves, Minas Gerais, que são mais baratas e mais bem estruturadas que as públicas, promovendo, inclusive, maior assistência ao preso e evitando rebeliões. Esse último, ainda muito vivenciado pela sociedade brasileira e que marca sua história pelo massacre do Carandiru, como ficou conhecida a chacina de 111 presos causada pela truculência de policiais militares que tentavam despreparadamente conter um tumulto no presídio de São Paulo, em 1992. Mesmo diante de tantos problemas, o que se vê é