O signo, livro
O SIGNO
Isaac Epstein
Com o aperfeiçoamento da capacidade de comunicação do homem, foi desenvolvido um instrumento chamado linguagem verbal e um dispositivo para manipulá-la, a dupla articulação.
A primeira articulação da linguagem é aquela segundo a qual todo o “significado” que se deseja transmitir, analisa-se em uma sequência de unidades, cada qual dotada de uma forma vocal e de um sentido. Essas unidades chamam-se monemas. Os monemas são os signos, isto é, unidades de duas faces: o significado, que é o sentido ou valor diferencial, e o significante, que se manifesta fonicamente. Essa manifestação é constituída por unidades da segunda articulação, que se chamam fonemas (unidades sem significado não se enquadrando, portanto como signos).
Ao contrário das línguas naturais, que são sempre sistemas de dupla articulação, os códigos visuais podem possuir apenas uma articulação (a primeira ou a segunda), não possuir nenhuma ou possuir as duas.
Pierce, ainda denominou de semas as unidades que correspondem a um enunciado linguístico, de signos as unidades mínimas de significação e de figuras as unidades destituídas de significação.
Basicamente, um signo é qualquer elemento que seja utilizado para exprimir uma dada realidade física ou psicológica; nesta relação, o primeiro funciona como significante em relação à segunda, que é o significado (ou referente); as relações entre significantes e significados podem ser de 2 tipos: denotação (extensão) e conotação (intenção ou compreensão).
A semiótica denotativa compreende significante (expressão) + significado (conteúdo); a semiótica conotativa corresponde expressão como sendo semiótica (expressão + conteúdo); e por fim a metassemiótica onde o conteúdo corresponde a semiótica (expressão + conteúdo). Uma semiótica cujo plano do conteúdo é constituído por outra semiótica.
Ele desenvolveu, a partir disso, a teoria triádica do signo, onde o signo tem que ser analisado e entendido, (signo ou