O roubo da fala
Era necessário que a burguesia industrial também fosse filiada à nova política social do Estado, sendo que um dos focos da ideologia do trabalhismo era acabar com os agitadores que serviam o comunismo internacional. O governo de Vargas era extremista, ao ponto de colocar nas mãos da polícia quem não fosse a favor das ordens do ministério do trabalho. As manifestações e greves trabalhistas continuaram a se proceder, pelas insatisfações dos proletariados, sempre em busca de seus direitos sociais. Salgado Filho diz que as leis expostas pelo ministério do trabalho, serviam para acabar com a agressividade dos conflitos que até então se viam, tratando que o governo não havia criado a questão social. A preocupação era, na realidade, que essas manifestações prejudicassem a ordem social, comprometendo o capital. Adalberto frisa as contradições nos discursos a favor do ministério e como estes se colocavam perante o proletariado.
A ideologia do trabalhismo se consolida no ano de 1943 no governo de Getúlio Vargas e os trabalhadores viam o ministério do trabalho como uma fonte de segurança contra os estrangeiros.
Já com o ministério do trabalho consolidado, era necessário acabar com as idéias de liberalismo e impor o intervencionismo do Estado. Essa guerra contra o liberalismo fazia com que os discursos voltados para a classe trabalhista focassem na forma de trabalho que ocorria antes de 1930, onde não havia praticamente nada