Aléxia
CENA I
Após a saída de sua mãe Aninha fica sozinha em casa sozinha, pois seu pai estava trabalhando. Então entra José em sua casa.
CENA II
Entra JOSÉ com calça e jaqueta branca.
JOSÉ - ANINHA! (Quer abraçá-la.)
ANINHA - Fique quieto. Eu quero casar-me com o senhor, mas não quero que me abrace antes de nos casarmos. Você vendeu o bananal que seu pai lhe deixou?
JOSÉ - Sim
ANINHA - Se você tem dinheiro porque não me pede em casamento?
JOSÉ - Dinheiro? Nem tenho
ANINHA - Nem tem! Então o que fez do dinheiro? É assim que me ama? (Chora.)
JOSÉ - ANINHA, não chores. Preciso te mostrar a corte, lá é tão lindo. Tenho uma ideia, vamo casar na cidade aí da frente sem seu pai saber, depois vamos pra corte viver la
ANINHA - Mas como? Sem dinheiro?
JOSÉ – Vamos dar um jeito
ANINHA ? Quando é que você pretende casar-se comigo?
JOSÉ - O vigário está pronto para qualquer hora.
ANINHA - Então, amanhã de manhã.
JOSÉ – Okay
ANINHA - Aí vem meu pai! Vai-te embora antes que ele te veja.
JOSÉ - Adeus, até amanhã de manhã.
ANINHA - Olhe lá, não falte! (Sai JOSÉ.)
CENA IV
Entra MANUEL JOÃO com uma enxada no ombro, vestido de calças de ganga azul, com uma das pernas arregaçada, japona de baeta azul e descalço. ANINHA - Bença pai.
MANUEL JOÃO – Deus Abençoe, cadê sua mãe?
ANINHA - Está lá dentro preparando a jacuba.
MANUEL JOÃO - Vai dizer que traga, pois estou com muito calor. (ANINHA sai)
CENA V
Entra MARIA ROSA com uma tigela na mão, e ANINHA a acompanha.
MANUEL JOÃO - MARIA ROSA.
MARIA ROSA – Olá Manuel
MANUEL JOÃO – Maria estava pensado.. precisamos casar esta menina.
MARIA ROSA - Eu já tenho pensado nisto; mas nós somos pobres, e quem é pobre não casa.
MANUEL JOÃO - Sim senhora, mas uma pessoa já me deu a entender que logo que tiver dinheiro pedira ANINHA em casamento.
(Batem à porta.) MANUEL JOÃO - Quem é?
ESCRIVÃO, dentro - Com licença.
MANUEL JOÃO - Entre quem é.
ESCRIVÃO - Venho da parte do senhor juiz de paz