o romantismo no brasil
A história do romantismo no Brasil confunde-se com a própria história política brasileira da primeira metade do século XIX. A dinamização da vida cultural na colônia e a formação de um público leitor (mesmo que inicialmente só de jornais) criaram algumas das condições necessárias para o surgimento de uma produção literária mais consistente do que as manifestações literárias dos séculos XVII e XVIII. Com a independência política ocorrida em 1822, os intelectuais e artistas da época passaram a dedicar-se ao projeto de criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais do país. O romantismo além de seu significado primeiro- o de ser uma reação á tradição clássica-, assumiu em nossa literatura a conotação de movimento anticolonialista e antilusitano, ou seja, em virtude de rejeição á literatura produzida na época colonial, em virtude do apego dessa produção aos modelos culturais portugueses. Um dos traços essenciais do romantismo é o nacionalismo, que, orientando o movimento, abriu-lhe um leque rico de possibilidades – todas as posturas comprometidas com o projeto de construção de uma identidade nacional. A publicação da obra Suspiros poéticos e saudade (1836), de Gonçalves de Magalhães, tem sido considerada o marco inicial do romantismo no Brasil.
As gerações do Romantismo
Tradicionalmente são apontados três gerações de escritores românticos. Essa divisão, contudo, engloba principalmente os autores de poesia. Os romancistas não se enquadram muito bem nessa divisão, uma vez que suas obras podem apresentar traços característicos de mais de uma geração. As três gerações de poetas românticos brasileiros são:
- primeira geração: nacionalista, indianista, religiosa. Nela se destaca Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
- segunda geração: marcada pelo “mal século”, apresenta egocentrismo exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Seus principais