O romantismo no brasil
O ROMATISMO NO BRASIL
Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade, características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas.
De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.
O romantismo no Brasil, aclimatado às circunstâncias da realidade de nosso território, iniciou-se em 1836, ano de publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães, e foi até 1880/81 - considerando-se esses anos como o marco inicial do realismo, devido à publicação das "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis e de "O mulato", de Aluísio Azevedo.
Romantismo verde-amarelo
Evidentemente, o contexto social em que surgiu e se desenvolveu o Romantismo nos países europeus não é o mesmo que se vai encontrar no Brasil das primeiras décadas do século 19. Por exemplo, seria incorreto identificar sem restrições nossa aristocracia com a nobreza da França ou da Inglaterra, assim como não se pode falar, no sentido estrito, de capitalistas e operários em nosso país até cerca dos anos 1920.
De qualquer modo, o ideário romântico encontrou ressonância em nossos intelectuais do século 19, associado particularmente ao nacionalismo, na medida em que essa característica romântica se revelava útil e agradável a uma nação cuja independência acabara de ser proclamada e que,