O regionalismo e a maior economia do mundo
O regionalismo é uma das possibilidades organizativas adotadas pelos países para regerem as suas relações comerciais com os outros. As relações comerciais podem ser definidas de modo unilateral, impondo-se a constatação de uma hegemonia económica, bilateral, pressupondo interesses recíprocos entre os dois países intervenientes no acordo, multilateral abrangendo um número alargado de países que contratam regras comerciais comuns entre si, e por fim, regional no qual dois ou mais países vizinhos acordam entre si regras preferenciais em detrimento dos restantes.
O regionalismo consiste numa forma bastante particular de relacionamento comercial entre países uma vez que envolve muito mais que a simples eliminação de barreiras (que tende a ser total). A sua abrangência adquire contornos bastante vastos englobando políticas económicas comuns. É esta amplitude que lhe confere a sua força. E a experiência mais notável em termos de regionalismo é a
União Europeia que materializa esta forma de relacionamento entre países de um modo inovador e consistente. Verifica-se entre os países que a constituem uma integração negativa – remoção de barreiras comerciais consolidada amplamente num mercado único que permite a livre circulação de bens, de pessoas e de capitais – e uma integração positiva – concretizada no alinhamento de políticas nacionais e na existência de políticas comuns notoriamente implementadas na União Europeia
(UE). No texto, em traços gerais, são referidas algumas das características que evidenciam a profunda integração económica alcançada que tornam a UE uma potência ímpar. Esta consubstancia-se ao nível monetário e económico.
Ao nível Monetário com a implementação da Moeda Única, de um Banco Central Único e com a integração total dos mercados financeiros. E ao nível Económico com a criação de um Mercado
Único, no qual é livre a circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, com uma efetiva