Globalização
Resumo: Nos últimos anos, a economia mundial passou a conviver com dois processos aparentemente contraditórios: a globalização e a regionalização. O presente artigo investiga esses dois fenômenos do ponto de vista do comércio internacional e seus desdobramentos recentes.
Introdução
Nos últimos anos, o comércio internacional e as relações entre as nações têm se configurado com base em dois fenômenos aparentemente recentes. Por um lado, a expansão do comércio de bens e serviços, a expansão dos capitais financeiros e produtivos e a crescente interdependência entre os países ganharam a denominação de globalização. Por outro, uma tendência à aproximação e intercâmbio entre países vizinhos, através de zonas de preferências comerciais e processos de integração econômica, denominou-se regionalização.
Os fenômenos são aparentemente recentes, mas, na verdade, tanto um como outro já existiam há décadas, embora só se tornassem latentes após a crise do petróleo, na década de 70, e se intensificaram após o fim da Guerra Fria, nos anos 80.
A regionalização data a sua primeira experiência por volta de 1834, com a chamada Zollverein (união aduaneira) e serviu de base para a unificação da Alemanha por Otto Von Bismark. Após esse período, vários processos de integração regional tiveram início nos diversos continentes, destacando-se a intensificação do processo de integração européia e as diversas tentativas ocorridas na América, principalmente a Latina. “Quanto à globalização, ela pode ser vista como a continuidade do processo de internacionalização do capital intensificado após a II Grande Guerra, através das empresas multinacionais que se expandiram baseadas nos modelos fordistas” e “taylorista” de produção, utilizando plantas produtivas fixas. Hoje, as empresas usam sistemas flexíveis de produção, dentro de um novo paradigma tecnológico, que serve de motor para a globalização. Este artigo constitui-se de três partes: a primeira trata da