O que é um ateu
Há quem diga, estude e tenha fé que, o homem por natureza é um animal propenso a acreditar na existência de um, ou alguns deuses, aos quais atribuem a criação do Universo como um todo, ou também acreditar que existam divindades com poderes e características fantásticas, alheias aos outros seres “normais”. No entanto, há também aqueles que contestam essas divindades, talvez por ceticismo, ou outros muitos motivos. São os chamados ateus. Certo é que, no transcorrer dos séculos, a questão da dúvida quanto a crença em deuses sempre foi motivo de muita polêmica, exclusão e perseguição. E já a muito tempo a questão tomou proporções maiores do que somente o campo espiritual. Analisando a palavra “ateu”, que provém do grego antigo atheos, percebemos que o significado literal da palavra modificou-se, “ateu” traduz-se por “sem deus”, portanto, tecnicamente, não é uma afirmação de que não se crê em deuses, e sim que se está distante deles, o que é algo diferente. Ainda no decorrer da Idade Antiga, chamar uma pessoa de ateu, soava como um insulto, e normalmente estava ligado não somente a negação de deus, mas também a idéia de “meu deus” e “seu deus”, ou seja, a ofensa a posição religiosa, o que é possível percebermos também nos dias atuais.
Ateísmo na Idade Média
No século XVI, a efervescência cultural trazida pelo Renascimento e pela Reforma começava a balançar os dogmas medievais na Europa. E as afirmações de Copérnico de que a Terra não era o centro do Universo colocava em xeque a concepção de mundo defendida pela Igreja, e a autoridade do Papa era também questionada pelos protestantes. Em meio a tantas novidades, um dogma permanecia intocável, a crença na existência de Deus, e por muito tempo nessa época o adjetivo “ateu” era usado como uma forma de qualificar hereges ou pessoas que tinham crenças heterodoxas Em sua clássica obra sobre o tema, ‘Le problème de l’incroyance au XVI scièle’ (O problema da incredulidade no