ateus
Existem dois problemas em relação a esta frase. Começando com a ideia de "evidência", qual é o entendimento das pessoas em relação a isso? O que é evidência suficiente para uma pessoa normalmente não é evidência suficiente para outra pessoa. Um tribunal disponibiliza inúmeros exemplos da forma como duas partes em conflito podem ter a mesma coleção do dados, o mesmo poder lógico e a mesma capacidade de raciocínio, no entanto ter interpretações diferentes em relação aos dados. O antigo ditado é verdadeiro: "os factos não determinam o argumento, o argumento é que determina os factos".
Sempre que é confrontado com a alegação de que não há evidências para a existência de Deus, normalmente o Cristão não sabe por onde começar a refutação. É tal como G. K. Chesterton chegou a dizer, perguntar a um Cristão para provar a existência de Deus é como pedir a alguém para provar a existência de civilização. O que é que se pode fazer para além de apontar e dizer "Olha, eis ali uma cadeira, e eis ali um edifício," etc. Como é que alguém pode provar a existência de civilização meramente selecionando pedaços aqui e ali como provas suficientes em vez de ter uma experiência da civilização como um todo?
Quase tudo para onde o Cristão olha é evidência para a existência de Deus visto que ele vê a "obra" de Deus em todo o seu redor na criação. Mas isto dificilmente é evidência suficiente para o tribunal da opinião ateísta, tribunal esse que pressupõe que só o que pode ser apreendido pelos sentidos serve como evidência. Para o Cristão que acredita no Deus Transcendental, tais evidências ele já não pode oferecer; apresentar evidências *materiais* para a existência de Deus é, ironicamente, refutar a transcendência de Deus e rejeitar a fé.
A segunda parte do argumento é igualmente limitada. O que é que se tem em mente quando se fala em "existência"? Se tem em mente algo como "aquilo que começou a existir", então certamente que