O que é semiótica
Segundo Lúcia Santaella, “o nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo”, e “é a ciência geral de todas as linguagens”. Começa a nascer a partir do século XX o crescimento de duas ciências da linguagem. Uma delas é a ciência da linguagem verbal, Linguística, já a outra é a ciência de toda e qualquer linguagem, a Semiótica. Devemos destacar que quando falamos de linguagem, não estamos falando da língua, a que falamos, a nossa língua nativa que utilizamos para escrever, mas sim da linguagem, o que usamos para nos comunicar através da leitura, imagens, gráficos, sinais, objetos, músicas, expressões, gestos, cheios, etc.
Portanto, ao falar de linguagem, nos referimos não apenas as formas sociais de comunicação que a linguagem verbal articulada inclui, mas também absorve a linguagem de todos os sistemas e produção de sentido.
A semiótica é a ciência que estuda todas as linguagens possíveis, tem por objetivo o exame dos modos de constituição dos fenômenos como de produção, significação e sentido. O campo de atuação da semiótica é vasto, mas não indefinido. Busca descrever a constituição como linguagem dos fenômenos.
A semiótica é a mais jovem das ciências a despontar no horizonte das ciências humanas. Uma de suas peculiaridades é o fato de ter tido três origens quase que simultâneas: uma nos EUA, outra na União Soviética e uma terceira na Europa Ocidental.
Charles Sanders Peirce (1839-1914) era um cientista. Seu pai foi o mais importante matemático de Harvard, logo, sua casa era uma espécie de centro de reuniões de grandes artistas e cientistas. Era químico desde os seis anos de idade, aos onze escreveu uma História da Química e foi bacharel na mesma área pela Universidade de Harvard. Peirce também era matemático, físico e astrônomo. Estudava biologia e geologia. Foi devoto à Linguística, Filosofia e História. Mas, acima de tudo, Peirce era um lógico e essa era a paixão de sua vida. Durante 60 anos de sua vida,