O que é religião
Para Marx, o paraíso perdido não existe porque ele não acredita não ter. Mas direciona a sua visão para os horizontes futuro e espera a chegada de uma cidade santa, de transfiguração erótica do corpo. É o homem que faz a religião; a religião não faz o homem. O homem que produz a religião é um corpo, corpo que tem de comer, corpo que necessita de roupa e habitação, corpo que se produz, corpo que tem de transformar a natureza, trabalhar, para sobreviver. Apesar do significado incutido pelos acontecimentos históricos, a religião ainda continua a responder questões cotidianas, existenciais, psicológicas, sociais e humanas. Propõe o autor um questionamento se a religião teria desaparecido. O mesmo responde: de forma alguma. A religião continua a existir como algumas funções vitais do ser humano, jamais desaparecerá. O que ocorreu foi uma inversão das coisas, onde a religião foi destronada e a ciência elevada como religião da modernidade. O mundo encantado, fantástico, mítico da religião ainda perdura, mesmo que na produção e sacrário individual, parcialmente existe. .
2. ASPECTOS DETERMINANTES – VISÕES E POSIÇÕES
O autor apresenta em sua abordagem geral e totalitária uma abordagem científica da religião. No entanto, promove uma análise do fenômeno religioso desde as suas fundações, prendendo-se na medievalidade, chegando ao desencantamento do racionalismo moderno. O público em que ele lança as questões e problematizações identifica-se como filósofos, sociólogos, teólogos, cientistas da religião e cientistas nas suas concepções laicas. A problemática de definir a religião segue em busca das origens do desencantamento moderno do mundo. A abordagem realizada por Rubem Alves repensa aspectos fundamentais da religião, tais como: perspectivas, a ausência dos sentidos dos símbolos, o exilo do sagrado e o deus dos oprimidos. Fica implícita na obra uma abordagem histórica,