O QUE É POS-MODERNO
Nossa sociedade tem vivenciado uma série de problemas que envolvem o nosso modo de nos relacionarmos com a natureza no processo de produção, colocando em questão o conceito de natureza, o qual nos remete, pelo nosso modo de vida em sociedade, em contradição com nossas sensações, pensamentos e ações.
Portanto pensar a natureza hoje e a forma como o homem interage com ela no contexto do modo de produção capitalista, nos remete ao passado em que acompanham a humanidade na busca do conhecimento e do entendimento acerca da terra e do universo, desde os antigos filósofos gregos até os dias atuais.
Com Platão e Aristóteles já havia um certo privilegiamento do homem e das ideias e certo desprezo por determinados elementos que se convencionou denominá-los como parte da natureza (pedras, plantas, etc...).
O cristianismo assimilou a visão Platônico-Aristotélico (separação entre o espírito e a matéria) e com René Descartes, essa oposição homem-natureza se completa, a qual atribuiu um caráter pragmático a este conhecimento: “Vê a natureza como recuso".
A visão antropocêntrica coloca o homem no centro do universo, em oposição à natureza, juntando-se ao pragmatismo do pensamento cartesiano vinculando-se ao mercantilismo do período feudal, mas ainda conserva traços da herança medieval (a separação entre espírito e matéria).
O movimento filosófico iluminista do século XVIII, se encarrega de apagar a visão medieval com o começo das transformações que começam a surgir de modo geral, e o mundo passou a ser compreendido a partir do real, do concreto e não mais de dogmas religiosos.
Surge então uma concepção de dualismo que envolve a natureza, quando o homem já se sente de certo modo em contradição com a nostalgia do antigo e o progresso da civilização. "O estado de felicidade do homem num ambiente protetor situa-se ao lado do 'estado de natureza', enquanto que a infelicidade está ao lado das civilizações", pensa Rousseau (Discurso sobre a