O que é perversão para freud (resenha)
Resenha do texto de Emanuel Ribeiro Filho.
O autor iniciou o texto analisando a palavra perversão, seus significados e empregos para então se referir a ela segundo as concepções freudianas. Freud durante seus estudos psicanalíticos, teria compreendido o tema perversão de três maneiras distintas. Segundo o texto o primeiro sentido dado por Freud ao tema foi referente à formação na estrutura neurótica a partir da negação da perversão; o segundo relacionar-se-ia a construção da neurose e da perversão tendo como núcleo o Complexo de Édipo; já no terceiro a perversão resultaria da recusa da castração. Ribeiro Filho fala em seu texto que Freud usou pela primeira vez o conceito de perversão em “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905), descrevendo perversão como característica perverso polimorfas própria da sexualidade infantil, que poderiam ser apresentadas em qualquer estrutura, neurótico ou psicótico. Em alguns de seus textos Freud teria relacionado perversão e Édipo, deixando ainda indefinido o caminho da perversão como estrutura. No texto “Fetichismo” (1927), Freud teria proposto que o entendimento diferenciado da perversão dentro da sexualidade se encontra na recusa e ao mesmo tempo aceitação diante da castração da figura materna. O que existe no perverso é uma tentativa de esconder a falta que foi revelada, recusa se submeter à lei do pai e posteriormente as leis morais e sociais. O autor traz ainda as classificações freudianas da perversão, logo, para Freud a perversão seria de dois tipos: as perversões do objeto e as perversões do alvo. Como apresenta o texto, as perversões do objeto consistiriam em relações de fixação em um único objeto humano ou não humano e, as do alvo teriam como representantes “o prazer visual (exibicionismo) o prazer de sofrer ou fazer sofrer (sadismo e masoquismo) e o prazer pela superestimação exclusiva de uma zona erógena”.(Ribeiro Filho, p.2).