O que é justiça
Com base no livro Iniciação na ciência do Direito de Goffredo Telles Junior, justiça é dar a alguém algo que lhe pertence, que merece, é devolver o que lhe foi tirado por espontânea vontade ou a força, da mesma maneira ou de uma maneira que vise compensação do ocorrido. Devido a essa relação de dar e receber, considera-se a justiça como bilateral. Só existirá justiça se houver um lado que cobra, chamado de credor e um lado que deve, chamado devedor.
A cobrança e o pagamento devem ser equivalentes, porém, essa equivalência não pode ser tida como uma igualdade de coisas, mas sim de valores. O credor deve, para fazer justiça, receber algo de mesmo valor, do que deu, sofreu ou perdeu, do devedor. É uma relação de retribuição, onde ambas as partes devem sair com igualdade de valores. Entretanto, essa igualdade é imperfeita, tendo em vista o fato de que em determinadas situações, o valor retribuído jamais poderá ser semelhante, como em casos de óbitos. A perfeição, todavia, deve ser tida como ideal, onde profissionais do direito devem sempre almejá-la, mesmo que seja impossível, por limitação humana, alcançá-la.
Quando a relação de retribuição apresenta valores – do que foi feito ou dado – equivalentes, pode ser chamada de justa. Sendo a justiça uma forma de expressar o justo, que é tido como adequado e pode ser visualizado de duas formas: a forma física e a ética. Tendo validade para a justiça a forma ética onde entende-se o justo como cada um receber o que é seu por direito. Dando a palavra “direito” além da designação de norma e permissão jurídica, também como o justo. Todavia, é importante saber como cada um analisa o “seu”, pois saber o que de fato você merece ou é justo pra você independe das leis, de testemunhas ou de qualquer termo jurídico.
O justo divide-se no que é justo porque assim foi convencionado através de experiências ou convivências e relacionamentos humanos, e, portanto, criam-se leis para ser seguido e no que é justo pela