JUSTIÇA
O conceito de justiça e o anseio por justiça é um dos mais antigos e presentes temas decorrentes do pensamento humano. Esse clamor é encontrado nos grandes épicos, fundadores da literatura ocidental, alguns dos primeiros registros e mapas da alma e dos desejos humanos.
O termo justiça origina-se do latim (iustitia, por via semi-erudita), tange à igualdade de todos os cidadãos, bem como ao principio básico, de um acordo que visa manter a ordem social mediante a preservação dos direitos em seu sistema legal, ou seja, constitucionalidade das leis e a sua aplicação a casos específicos.
A palavra justiça é considerada abstrata, constitui o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação do seu direito por ser maior em virtude moral, ou material. Pode ser reconhecido por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais.
Sua ordem máxima, representada em Roma por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos onde "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". Assim, a justiça deve alcançar a igualdade entre os cidadãos.
Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Deste modo, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito), quanto àquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal). Ademais, a justiça faz parte das quatro virtudes cardinais, e, segundo a doutrina da Igreja Católica, a mesma consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido".
A justiça é a virtude de dar a cada um aquilo que é seu, é a faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência, entretanto não é possível definir com precisão o seu real significado.
Desta forma, a idéia de justiça certamente foi o ponto de partida para o despertar da reflexão ética nos primeiros tempos da vida histórica, principalmente do Direito.
Neste entendimento, assegura-se que a