O livro trata de um tema relevante: A educação. Diz o autor no início de sua obra, que ninguém escapa mesmo da educação. Afirma que a educação está presente no dia a dia de cada pessoa ou grupo. Ela se manifesta de várias maneiras e em diversos locais ou momentos: em casa, na rua, no local de trabalho, na igreja. No entanto, essa pode ser diferente, dependendo do grupo a que ela se destina. Essa ideia de educação, pautada naquilo que eu (indivíduo único), ou um grupo acha importante ou interessante para mim/nós, fica claro e evidente na resposta da carta dos Índios das Seis Nações à solicitação para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. “A vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa”. Aqui já se pode ter uma ideia de que educação depende muito de situações que levam a aprendizagens, da constituição do grupo, de seus valores, de suas crenças ou paradigmas ou de suas vivências ou até de seus interesses. Educação tem um significado social, tem uma historicidade e em função disso há uma certa finalidade de por que, como ou de que forma educar. A educação não tem uma forma única, nem há um único modelo de educação. Educação não acontece só na escola. A primeira forma de educação é aquela que transfere saberes de uma geração para outra. “A evolução e a subjetividade de cultura conduziram o homem à transmissão do conhecimento, inserido em prática social, de ensinar-aprender-ensinar.” O exemplo disso é a forma pela qual os índios educam suas crianças. “Aqueles que não sabem espiam, veem fazer e imitam. São instruídos com o exemplo, incentivados, treinados, corrigidos, punidos, até aprenderem e serem aceitos”. Nesse momento do livro, a ideia posta é de uma educação “livre”, a qual serve para tornar comum o que é “comunitário”, como o trabalho, a vida, o respeito, as crenças, os costumes. A principal força da educação é o poder que ela tem de produzir crenças, firmar ideias ou ideais. Ela qualifica as pessoas