O Pulo do Gato
O presente trabalho consiste em elucidar a relação simbólica-cultural do programa “Pulo do Gato”, da Rádio Bandeirantes, criado há 39 anos, com os ouvintes da emissora. O programa “Pulo do Gato” nasceu em abril de 1973 e sustenta até hoje o mesmo apresentador: José Paulo de Andrade. O propósito do jornal, na época em que foi criado, era oferecer uma gama variável de notícias já nas primeiras horas do dia de forma aprazível e aconchegante. A intenção era proporcionar um conteúdo jornalístico de credibilidade, sincronizando a leveza do tom de voz do apresentador com a sutileza das primeiras horas da manhã. Aos poucos, o Pulo do Gato, com suas vinhetas peculiares – o miado do gato e uma trilha sonora específica –, consolidou uma identidade fortalecida e única. O fio condutor do programa – formado pelo mesmo apresentador, com o mesmo tom de voz, em um perfil diferenciado – fez com que a audiência aumentasse e se tornasse segmentada: os mesmos ouvintes durante anos, para um programa com as mesmas características desde então. Essa sincronia consolidada até hoje reforça o caráter de o “Pulo do Gato” ser um programa diferente dentro da grade de programação da emissora. O tema proposto na presente dissertação se torna relevante, pois aborda a história de um programa consagrado no rádio brasileiro, não apenas pelos índices de audiência evidenciados pelos principais institutos de pesquisa do Brasil, mas também pela relação umbilical com uma gama de ouvintes fiéis ao matutino, que vão se alternando de geração para geração. Objeto e objetivo
O objetivo é mostrar a importância do Pulo do Gato como um programa radiofônico diferenciado com um poder simbólico-cultural evidente que é passado aos ouvintes de geração para geração. É possível também elucidar que essa relação de décadas reforça a credibilidade do programa, da emissora e do rádio como um veículo de comunicação fundamental no dia a dia do cidadão. Para comprovar a veracidade