Gestao do conhecimento
Criada em Franca, em 1985, a Pulo do Gato, empresa produtora de calçados, trocou suas vendas no mercado externo pelo interno. Em 2004, depois de realizar um detalhado estudo de mercado, considerando os cenários econômicos e sócio-culturais, e montar uma base de informações para tomar decisões para se tornar mais competitiva, a companhia decidiu deixar de lado os onze países para os quais exportava e investir com força no mercado doméstico.
Para o vice-presidente da empresa, Junior Lopes, o bom momento econômico ajudou a tomar essa decisão. "Há 10 anos, o Brasil não ditava moda. Mas, de alguns anos para cá, estamos fazendo isso e não dão o verdadeiro valor lá fora", justifica o executivo.
Hoje, a Pulo do Gato trabalha com 560 pontos de vendas, sendo que quatro lojas são próprias. "A meta é chegar a 20 novas lojas próprias em 2011. A idéia é ir direto ao consumidor final para conseguir entender melhor o negócio, desde a criação até o ponto de venda", explica Lopes.
Além de trocar o mercado externo pelo interno, a rede resolveu parar de produzir calçados masculinos e focar na produção feminina. "O homem compra pouco e não liga muito para moda. Mulher gosta mais e compra muito mais sapato", opina.
E não é por menos. Dos 18,4 trilhões de dólares gastos com consumo no mundo em 2009, 12 trilhões saíram dos bolsos femininos. Só no Brasil, elas gastaram 39 dos 800 bilhões de reais em peças de vestuário, segundo uma pesquisa feita peoa instituto Sophia Mind, do site Bolsa de Mulher.
Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Salvador estão nos planos de receber lojas da grife. O próximo passo é abrir franquias, a partir de 2012. "Eu acho que a economia vai de vento e polpa, as atenções do mundo estão voltadas para cá e eu acredito muito no poder do país. O Brasil hoje é chique, faz moda e acredita nisso", conta Lopes. E é esse é consumidor brasileiro que tem contribuído com o crescimento de 20% ao ano no