O psicólogo escolar e os trâmites entre sua atuação e a ética profissional
Partindo das observações realizadas, percebeu-se a necessidade que a escola tem de um profissional de Psicologia para uma intervenção junto aos alunos. Isso ficou claro quando os estagiários, nas primeiras semanas, notaram que havia algumas situações em que eles poderiam intervir, como por exemplo, na adequação de comportamentos em sala de aula.
O psicólogo é como um mediador no processo de elaboração das condições necessárias para a superação da queixa escolar, a qual é uma demanda muito freqüente no trabalho dentro do âmbito escolar (MARTINS, 2003).
O psicólogo, inserido nas instituições de saúde, tem sua prática atravessada por vivências de grande significado na vida das pessoas. Em sua atuação dentro do contexto escolar, o objetivo do psicólogo é, segundo Contini (2000), o da psico-higiene, que é o de conseguir a melhor organização e as condições necessárias para que seja possível promover saúde e bem-estar de todos os integrantes da instituição. O psicólogo escolar funciona como um técnico da relação interpessoal, dos vínculos humanos, um técnico da explicitação do implícito.
De acordo com Martins (2003), o psicólogo escolar tem sua atuação vinculada com um elo entre o mundo acadêmico e o sistema escolar. Ele ressalta que há autores que defendem a idéia da Psicologia escolar ser considerada uma área secundária da Psicologia e que não requer muito preparo nem experiência profissional. Dentro da escola, o psicólogo é pouco valorizado, talvez por ser proveniente do fato de que a área escolar foi caracterizada como um desdobramento da área clínica, gerando uma visão de Psicologia escolar clínica. Há alguns erros conceituais cristalizados nas pessoas, que acreditam que o psicólogo escolar deve voltar-se somente para o aluno, na tentativa de resolver a queixa encaminhada, seja através de testes ou de qualquer outro instrumento pertinente ao psicólogo, como única forma de solucionar o