O profissional de hotelaria
Não me parece possível falar do profissional do futuro sem antes tentar compreender o que o futuro trará, ou como ele será. Certamente não é possível prevê-lo com exatidão, mas podemos estar atentos às tendências, e em minha opinião ninguém até hoje as avaliou tão bem quanto John Naisbitt, que escreveu alguns livros como Megatrends 2000, O Líder do Futuro, e Paradoxo Global. No início da década de 80, ele escreveu seu primeiro livro, prevendo para os 20 anos seguintes a crescente queda de barreiras rumo à globalização, a diminuição do poder dos Estados na economia, as ondas de privatizações, a individualização como cerne de um novo ciclo cultural humano, o crescimento do número de mulheres no mundo do trabalho, o renascimento das artes e da religiosidade, a migração do principal eixo econômico do Oceano Atlântico para o Pacífico e Índico, a constante miniaturização de equipamentos eletrônicos visando a redução de custos de transportes, entre outros. Seu mais novo livro sobre o assunto, escrito em 2000, já está acontecendo. Fala da passagem de uma sociedade industrial para uma economia de informação; que a atuação estratégica das empresas centrar-se-á na tecnologia e na respectiva resposta humana a ela; a passagem de uma atuação de curto prazo para o longo prazo; a redescoberta da capacidade de inovar e obter bons resultados; a maior capacidade individual para assumir responsabilidades e tomar decisões. Alertou-nos, também, para a progressiva obsolescência do modelo de democracia representativa em face da exponencial partilha de informações; para a redução da importância das hierarquias e a sua substituição por redes de trabalho informais e para as novas necessidades de formação escolar e profissional em ordem a respondermos aos desafios do futuro. Somo a estas as minhas próprias previsões: 1) o crescimento consistente da economia de nosso país, e o alcance cada vez maior da classe D e C a novos objetos de consumo, entre eles o