O processo semiótico de comunicação
586 palavras
3 páginas
Em sua tese de doutorado em 1972 Ignácio Assis Silva baseando-se no conhecido esquema de Jakobson propôs um novo esquema que sugere mudanças na forma de entender o processo de comunicação. No texto a autora discorre sobre o mesmo e usa a conversa com um robô criado para estimular diálogos sobre um tema pressuposto de forma a tornar visível os problemas relativos a comunicação que aparecem no esquema de Silva. Uma das mudanças que Ignácio propõe é a substituição, do que no esquema de Jakobson era chamado de remetente, por destinador. Na relação entre remetente e destinatário existia apenas uma direção, para existir a relação entre ambos era apenas necessário que o destinatário recebesse a mensagem. Já a relação entre destinador e destinatário permite a compreensão de que existem vários fatores determinantes que não são exclusivamente de competência do destinador. Os ruídos são os principais fatores externos que são acrescentados por Ignácio, não existe a comunicação sob essa nova visão sem a presença deles. Um ruído pode ser insignificante a ponto de passar despercebido ou até impedir que a mensagem chegue ao destinatário. Podemos chamar de ruído físico a falta de acentuação ou pontuação corretas no caso de uma linguagem escrita. Após analisar a rede de códigos e subcódigos presente na via do código é possível compreender o ruído ideológico. Nessa via é fácil perceber a presença de um código comum central que está acima dos sujeitos, de acordo com o texto, e os subcódigos que são os atores na relação entre destinador e destinatário nessa mesma via. O destinador e o destinatário possuem seus próprios subcódigos que no caso podem ser uma variante pessoal da língua, língua essa que seria o código comum aos sujeitos. Ao enviar a mensagem o destinador se preocupa em usar uma variante que ele acredite ser a do destinatário assim como o destinatário para entender facilmente a mensagem procura se adaptar a variante que ele acredite ser a