Fichamento Crítico: Processo Semiótico da Comunicação

O livro O Processo Semiótico de Comunicação trata sobre o esquema semiótico feito por Ignácio Assis Silva, o qual foi criado com base no esquema de Jakobson (1969). Porém, nesse, é apresentado um esquema muito mais completo sobre o processo de comunicação. O esquema de Ignácio foi elaborado com intenção de mostrar todos os elementos presentes num processo de comunicação, com destaque para a inclusão do ruído como parte crucial do processo, o que, sem dúvidas, foi a mais importante contribuição de Ignácio ao esquema de Jakobson. A partir deste esquema, foi-se dado ao ruído a devida importância que ele merecia, afinal, é uma parte fundamental da comunicação pois mostra a instabilidade da mensagem. Com isso a mensagem não depende apenas do emissor, e o receptor passa a ser um sujeito ativo na comunicação. O ruído a as lacunas, fazendo parte do processo, podem interferir e dificultar a recepção da mensagem, fazendo o destinador pensar na forma em que possa passar com clareza a mensagem ao destinatário para que a proposta dessa, mesmo interferida por ruídos, possa ser compreendida. A autora do texto, a partir disso, utiliza como exemplo uma conversa com o Robô Ed para apoiar sua discussão teórica, e assim mostrar os tipos de ruído através de trechos e observações dessa conversa. Onde é mostrado que o ruído físico ocorre quando a mensagem sofre interferência dentro de um canal, como citado no exemplo a falta de acentuação das palavras ou de letra maiúscula no início da frase, sendo ruídos que não prejudicam a compreensão da mensagem apesar da presença deles. O ruído ideológico é quando o subcódigo do destinador não é compreendido pelo subcódigo do destinatário, ou seja: o emissor e o receptor não tem a mesma concepção de uma palavra, como na conversa com Ed a palavra “linguagem” é entendida pelo Robô Ed como língua (idioma) e acaba tornando inviável uma comunicação efetiva. Já o ruído semiótico se dá quando o destinador subentende a compreensão do destinatário,