Fichamento - O Processo Semiótico de Comunicação

Fichamento: O Processo Semiótico de Comunicação
Autor: Romualdo Alves de Sousa Filho

Ana Cristina, em sua revista CASA (Cadernos de Semiótica Aplicada), trata do esquema de comunicação sugerido por Ignácio Assis Silva, através da análise de uma conversa realizada entre a autora e um robô programado para abordar apenas temáticas específicas, no site do Compet/Petrobrás. Nesta análise, Ana demonstra o diferencial entre a tese de Silva e a de Jakobson, a presença do ruído como fator decisivo na transmissão da mensagem entre destinador e destinatário (antes tratados como transmissor e receptor, respectivamente, no esquema de Jakobson). Toda mensagem é transmitida através de um meio físico, logo ela sempre está sujeita à interferência de um ruído causado pelo meio. Ainda que seja óbvio, este fator não foi apresentado no esquema de Jakobson, e é neste ponto em que Silva inova.
Silva separou os ruídos em três tipos: ruído físico, ruído ideológico e ruído semiótico. O ruído físico é o mais presente na comunicação, por exemplo: a buzina de um carro na rua durante a apresentação de uma palestra, a falta de conexão com a internet durante um chat em uma rede social, o barulho de um ventilador durante uma explicação em sala de aula, etc. O ruído ideológico consiste na utilização do regionalismo, gírias ou qualquer outro tipo de forma de expressão que esteja fora do conhecimento comum entre o destinador e o destinatário, causando assim uma falha na comunicação entre os dois. Por fim, o ruído semiótico é causado a partir da pressuposição do destinador de que o destinatário tenha algum entendimento prévio sobre a mensagem que será transmitida, este tipo de acontecimento é o motivo pelo qual são geradas lacunas, e estas lacunas são a causa do ruído.
O ruído marca a instabilidade da mensagem, podendo desde passar sem causar interferências na transmissão da mensagem até interromper por completo a mesma, assim ganhando uma dimensão e relevância muito grandes no esquema de